Comunicações > Primeira Área Temática: O Património Imaterial Nacional
Primeira Área Temática
O Património Imaterial Nacional
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1.ª Sessão Plenária
Presidente:
Prof. Doutor Adriano Moreira, Presidente da Academia de Ciências de Lisboa
Professor Emérito da Universidade Técnica de Lisboa. Antigo Delegado à ONU (1957-1959). Ministro do Ultramar (1961-1963). Deputado e Vice-Presidente da Assembleia da República (1979-1995). Professor do Instituto Superior Naval de Guerra. Professor da Universidade Católica Portuguesa. Presidente da Academia das Ciências de Lisboa (2008-2010). Actual Presidente do Conselho Geral da Universidade Técnica de Lisboa.
«Património Cultural e Histórico Nacional»
por
Prof. Doutor Carlos Reis, Reitor da Universidade Aberta
Carlos Reis nasceu em Angra do Heroísmo, Portugal. Licenciou-se em Filologia Românica, doutorou-se em Literatura Portuguesa e obteve o título de agregado, sempre pela Universidade de Coimbra. É professor catedrático desde 1990. Na Faculdade de Letras de Coimbra lecionou Literatura Portuguesa, Teoria da Literatura, Literatura Espanhola e Estudos Queirosianos. Como professor convidado lecionou nas universidades de Salamanca, de Wisconsin-Madison, de Santiago de Compostela e de Massachusetts-Dartmouth. Publicou mais de uma dezena de livros, em Portugal e no estrangeiro (Espanha, Alemanha, França e Brasil), tendo-se consagrado em especial ao estudo da obra de Eça de Queirós e da sua geração. Entre 1998 e 2002 foi diretor da Biblioteca Nacional. Foi presidente da Associação Internacional de Lusitanistas, no triênio 1999-2001. É comendador da Ordem de Isabel la Católica, benfeitor e sócio grande benemérito do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro e sócio correspondente da Academia Lusíada de Ciências, Letras e Artes de São Paulo, da Real Academia Española e da Academia das Ciências de Lisboa. É Doctor Honoris Causa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Atualmente o Prof. Carlos Reis é Reitor da Universidade Aberta.
«Virtudes militares - O Património Imaterial das Forças Armadas»
O artigo identifica um conjunto de valores morais que mobilizam e mantêm empenhados e coesos os militares no cumprimento das tarefas mais diversificadas que desempenham ao longo das suas carreiras. Para além disso, realça a necessidade de se ensinarem e cultivarem essas virtudes militares ao longo da vida, como forma de aprimorar as qualidades pessoais e de melhorar o desempenho no serviço. Neste contexto, o artigo analisa o significado e a relevância de três conjuntos de virtudes militares que o autor valoriza mais: - a abnegação, o espírito de sacrifício e a firmeza de carácter;
- a atitude positiva, o amor às Forças Armadas e a devoção ao trabalho;
- a obediência, a honra e a lealdade.
Por fim, o artigo enfatiza a relevância do aprimoramento permanente dos militares no campo das virtudes militares, para que os seus corações se fortaleçam e o seu carácter se purifique e enriqueça, tendo como referência primacial a defesa da Pátria.
por
Contra-Almirante António Silva Ribeiro, Professor ISCSP
O Contra-Almirante António Manuel Fernandes da Silva Ribeiro ingressou no Curso de Marinha da Escola Naval em 1974, tendo obtido a licenciatura em Ciências Militares-Navais. Especializou-se em Hidrografia e possui, entre outros cursos, o Doutoramento em Ciência Política, o Mestrado em Estratégia, o Curso Geral Naval de Guerra, o Curso Complementar Naval de Guerra e o Curso de Promoção a Oficial General. Desempenha o cargo de Subchefe do Estado-Maior da Armada. É professor catedrático convidado do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e professor da Escola Naval e do Instituto Superior de Ciências da Informação e Administração. É membro do Grupo de Estudos e Reflexão Estratégica de Marinha, da Academia de Marinha, da Sociedade de Geografia de Lisboa, do Centro de Estudos do Mar, da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, da Liga dos Combatentes, da Associação de Amizade Portugal/EUA, do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, do Centro Português de Geopolítica, do Grémio Literário, da Comissão Portuguesa de História Militar, da Revista Militar, da Revista Nação e Defesa, da Revista Segurança e Defesa. A sua principal área de investigação científica é o planeamento estratégico, embora se interesse igualmente pela estratégia militar, política internacional, história militar, hidrografia e sociologia militar. Tem publicados dez livros, destacando-se um sobre planeamento estratégico aplicado ao Estado, outro sobre terrorismo (em parceria) e seis sobre história militar e marítima. Proferiu mais de 120 palestras e tem mais de 300 artigos publicados sobre temas de planeamento estratégico, estratégia, militar, história militar, hidrografia, política internacional e sociologia militar em jornais e revistas nacionais e estrangeiras.
O artigo identifica um conjunto de valores morais que mobilizam e mantêm empenhados e coesos os militares no cumprimento das tarefas mais diversificadas que desempenham ao longo das suas carreiras. Para além disso, realça a necessidade de se ensinarem e cultivarem essas virtudes militares ao longo da vida, como forma de aprimorar as qualidades pessoais e de melhorar o desempenho no serviço. Neste contexto, o artigo analisa o significado e a relevância de três conjuntos de virtudes militares que o autor valoriza mais: - a abnegação, o espírito de sacrifício e a firmeza de carácter;
- a atitude positiva, o amor às Forças Armadas e a devoção ao trabalho;
- a obediência, a honra e a lealdade.
Por fim, o artigo enfatiza a relevância do aprimoramento permanente dos militares no campo das virtudes militares, para que os seus corações se fortaleçam e o seu carácter se purifique e enriqueça, tendo como referência primacial a defesa da Pátria.
«O Conhecimento e a Inovação na Segurança e Defesa Nacional»
A EMPORDEF- Empresa Portuguesa de Defesa, S.A., é a sociedade gestora das participações que o Estado detém nas empresas cuja actividade se centra na área das indústrias de Defesa e Segurança.
No universo das doze empresas que constituem o Grupo identificam-se os núcleos industrial, naval, tecnológico, financeiro e imobiliário.
O mercado da Defesa sendo um mercado de grande exigência, implica elevada intensidade tecnológica e um esforço sustentado de I&D, actuando as empresas da EMPORDEF num ambiente muito competitivo, em contínua e rápida evolução tecnológica. Com o objectivo de se criarem condições favoráveis ao reforço das capacidades de I&D, tem-se fomentado a participação de parceiros privados nacionais e estrangeiros ( e.g. Embraer, EADS, Thales, Rhode & Schwarz, Efacec e NAV ), no capital e na gestão das empresas participadas.
As empresas do Grupo desenvolvem as suas actividades em várias e importantes áreas: aeronáutica civil e militar, construção e reparação naval mercante e militar, desmilitarização de munições e explosivos, equipamentos e sistemas de comunicações para Forças Militares terrestres e navais, e para Forças de Segurança, desenvolvimento de software e engenharia de sistemas, simulação, treino assistido por computador e software para teste de equipamentos e ainda leasing operacional de aviões de transporte táctico e de helicópteros pesados para missões SAR.
É nesta envolvente que a EMPORDEF assume os seguintes principais objectivos:
-
Estabelecer as condições básicas para a modernização e desenvolvimento sustentado do sector industrial da Defesa.
- Facilitar a coordenação a nível governamental do processo decisório relativo à indústria de Defesa.
- Adaptar a indústria de Defesa às condições de mercado
- Gerir a interdependência e as sinergias entre as empresas participadas.
por
Dr. Jorge Rolo, Presidente da EMPORDEF
António Jorge Rolo é, desde Janeiro de 2009, Presidente da EMPORDEF - Empresa Portuguesa de Defesa SGPS S.A. que inclui subsidiárias como a EDISOFT, EDI, ETI, OGMA, ENVC, DEFAERLOC, DEFLOC, ARSENAL DO ALFEITE, NAVAL ROCHA, com competências nas áreas das tecnologias da informação, da aeronáutica, das comunicações, na área espacial, de munições e explosivos, treino naval e simulação. É ainda Presidente da ENVC, da EID, da DEFAERLOC e da DEFLOC.
Antes de integrar a EMPORDEF foi administrador executivo financeiro das subsidíárias portuguesas de três grupos multinacionais britânicos - Scottish & Newcastle, Ibstock Johnson and Balfour Beatty -, tendo igualmente desempenhado as mesmas funções em outras empresas nacionais.
Foi ainda Professor auxiliar convidado na Universidade Lusíada, tendo leccionado Gestão Financeira e Orçamental, de 1994 a 2003, bem como Assistente convidado no Instituto Superior de Economia e Gestão.
A EMPORDEF- Empresa Portuguesa de Defesa, S.A., é a sociedade gestora das participações que o Estado detém nas empresas cuja actividade se centra na área das indústrias de Defesa e Segurança.
No universo das doze empresas que constituem o Grupo identificam-se os núcleos industrial, naval, tecnológico, financeiro e imobiliário.
O mercado da Defesa sendo um mercado de grande exigência, implica elevada intensidade tecnológica e um esforço sustentado de I&D, actuando as empresas da EMPORDEF num ambiente muito competitivo, em contínua e rápida evolução tecnológica. Com o objectivo de se criarem condições favoráveis ao reforço das capacidades de I&D, tem-se fomentado a participação de parceiros privados nacionais e estrangeiros ( e.g. Embraer, EADS, Thales, Rhode & Schwarz, Efacec e NAV ), no capital e na gestão das empresas participadas.
As empresas do Grupo desenvolvem as suas actividades em várias e importantes áreas: aeronáutica civil e militar, construção e reparação naval mercante e militar, desmilitarização de munições e explosivos, equipamentos e sistemas de comunicações para Forças Militares terrestres e navais, e para Forças de Segurança, desenvolvimento de software e engenharia de sistemas, simulação, treino assistido por computador e software para teste de equipamentos e ainda leasing operacional de aviões de transporte táctico e de helicópteros pesados para missões SAR.
É nesta envolvente que a EMPORDEF assume os seguintes principais objectivos:
-
Estabelecer as condições básicas para a modernização e desenvolvimento sustentado do sector industrial da Defesa.
- Facilitar a coordenação a nível governamental do processo decisório relativo à indústria de Defesa.
- Adaptar a indústria de Defesa às condições de mercado
- Gerir a interdependência e as sinergias entre as empresas participadas.
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Mesas redondas
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Mesa A
Moderador:
Ten-General José Garcia Leandro, Professor IEP/Universidade Católica
O Tenente-General José Eduardo Garcia Leandro nasceu em Luanda, angola em 1940.
Cumpriu cinco comissões de serviço no ex-Ultramar, sendo duas em Angola e uma na Guiné, em situação de guerra, uma em Timor como Chefe de Gabinete do Governador de Timor, tendo sido Governador de Macau entre 1974 e 1979. No âmbito do ensino foi Professor do IAEM e Professor convidado do ISCSP entre 1999 e 2005, para o Mestrado em Estratégia, bem como, da U. N. L. e da U. A. L., sendo actualmente professor do IEP/UCP, para o Mestrado de Segurança e Defesa, e do Instituto de Ciências de Informação e Administração de Aveiro (ISCIA). Entre as funções que desempenhou salientam-se as de Conselheiro Militar da Delegação de Portugal junto da OTAN (PODELNATO) Bruxelas, Comandante Operacional do Exército, Comandante da Componente Militar da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental (MINURSO), Director do IAEM, Vice - CEME, Director do IDN, Presidente do Conselho Coordenador do Ensino Superior Militar e Presidente do OSCOT (Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo). Actualmente é Presidente das AG da AAA do Colégio Militar e do Observatório de Segurança Marítima (ISCIA), Vice-Presidente da AG da Confederação Nacional das Associações de Famílias (CNAF), Presidente do Conselho Consultivo do OSCOT, Curador e Administrador da Fundação Jorge Álvares, Curador da Fundação Casa de Macau, Membro do "Academic Council of the United Nations System", Vice-Presidente do Conselho Geral da Universidade Aberta, Membro do Conselho Técnico-Científico do ISCIA e Académico Correspondente da Academia Internacional da Cultura Portuguesa.
«A Geopolítica do Mar Português»
Partindo da posição geográfica de Portugal, esta comunicação tem como objectivo abordar as potencialidades que o mar português encerra. Pretende-se englobar conceitos da estratégia, geopolítica, da ciência política e relações internacionais, optando-se por uma metodologia multidisciplinar. A multidisciplinaridade traduz-se no conceito de amplitude horizontal que o mar português ocupa, envolvendo diversos sectores da vida nacional através dos quais Portugal pode maximizar o binómio desenvolvimento-segurança. O actual contexto de segurança faz com que as fronteiras geográficas e de pertença a organizações internacionais sejam cada vez mais fluidas. Por conseguinte os vários espaços e organizações interpenetram-se no combate aos problemas de segurança nacional e internacional. No caso de Portugal, enquanto estado fronteira abre-se uma janela de oportunidade para se assumir como um país-chave na articulação das várias pertenças e na potencialização da sua vocação marítima e global. Para tal é fundamental a elaboração de uma estratégia de segurança nacional que tenha uma projecção global, ou seja, uma modalidade de acção que se prove adequada, aceitável e exequível na prossecução do aproveitamento coerente do espaço geopolítico em que o nosso país se insere. Articulação é, por isso, a palavra-chave desta comunicação que enfatizará a necessidade de equilíbrio entre os ambientes externo e interno, num contexto de continuum de segurança em que os desafios e ameaças são maioritariamente glocais. Interessa, assim, procurar identificar qual o papel de Portugal neste cenário, através da análise geopolítica do Mar Português.
por
Inês Narciso
Inês de Carvalho Narciso é licenciada em Relações Internacionais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - UTL (2004-2008) e Legum Magister em Law and Politics of International Security pela Vrije Universiteit Amsterdam (2008-2009). Desenvolve investigação na área da estratégia, segurança internacional, política internacional, organizações regionais e internacionais e direito internacional.
Partindo da posição geográfica de Portugal, esta comunicação tem como objectivo abordar as potencialidades que o mar português encerra. Pretende-se englobar conceitos da estratégia, geopolítica, da ciência política e relações internacionais, optando-se por uma metodologia multidisciplinar. A multidisciplinaridade traduz-se no conceito de amplitude horizontal que o mar português ocupa, envolvendo diversos sectores da vida nacional através dos quais Portugal pode maximizar o binómio desenvolvimento-segurança. O actual contexto de segurança faz com que as fronteiras geográficas e de pertença a organizações internacionais sejam cada vez mais fluidas. Por conseguinte os vários espaços e organizações interpenetram-se no combate aos problemas de segurança nacional e internacional. No caso de Portugal, enquanto estado fronteira abre-se uma janela de oportunidade para se assumir como um país-chave na articulação das várias pertenças e na potencialização da sua vocação marítima e global. Para tal é fundamental a elaboração de uma estratégia de segurança nacional que tenha uma projecção global, ou seja, uma modalidade de acção que se prove adequada, aceitável e exequível na prossecução do aproveitamento coerente do espaço geopolítico em que o nosso país se insere. Articulação é, por isso, a palavra-chave desta comunicação que enfatizará a necessidade de equilíbrio entre os ambientes externo e interno, num contexto de continuum de segurança em que os desafios e ameaças são maioritariamente glocais. Interessa, assim, procurar identificar qual o papel de Portugal neste cenário, através da análise geopolítica do Mar Português.
«Criação de Centros de Excelência nos sectores da Aeronáutica, Segurança e Defesa, em Portugal»
Criação de Centros de Excelência ASD em Portugal” (PT)
A criação/atracção e desenvolvimento de centros de excelência nos sectores ASD (Aeroespacial e Defesa) é estratégica para a afirmação nacional no seio da nova Política Europeia de Segurança e Defesa. Nesse sentido, e capitalizando no trabalho desenvolvido pela Skysoft desde 1998, a GMV instalou em Portugal os seus centros de excelência para o sector aeronáutico (segmento de aviónica modular) e Segurança Marítima. Este facto permitiu concentrar na sucursal portuguesa, recursos humanos especializados e competências de desenvolvimento de negócio, tendo a empresa realizado um forte investimento em I&D, nomeadamente através da participação em projectos dos Programas Quadro da Comissão Europeia. Desta forma, a GMV fornece actualmente, a partir de Portugal, entidades tais como a Agência Europeia de Defesa (EDA), a Agência Espacial Europeia (ESA), a Eurocontrol, a Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA), entre outras. A empresa trabalha também para alguns dos principais fabricantes mundiais do sector (Airbus Militar, Lockheed Martin, Embraer, etc). Assim, para além deste pólo tecnológico permitir aos engenheiros e cientistas nacionais participarem no desenvolvimento de alguns dos principais programas tecnológicos internacionais dos sectores ASD, também estabelece as bases necessárias para uma presença nacional consistente junto das principais agências europeias e fóruns internacionais do sector.
por
Eng. Sérgio Barbedo, Administrador GMV
Sérgio Barbedo é Administrador da GMV em Portugal desde 2001 acumulando o pelouro do Marketing e o desenvolvimento de negócios nos sectores dos Transportes, Defesa e TIC. Actualmente, é ainda membro da Direcção das associações DANOTEC, PEMAS e PROESPAÇO, Vogal do Conselho Fiscal da ANETIE e da AFCEA Portugal, e membro da Comissão de Defesa da “Aerospace and Defence Industries Association of Europe” (ASD). Entre 2008 e 2010 exerceu o cargo de Presidente da Assembleia Geral da Associação das empresas Portuguesas de Tecnologias de Informação e Electrónica (ANETIE). Sérgio Barbedo é licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico, tem um MBA pela Universidade Católica Portuguesa e é Auditor da Defesa Nacional pelo Instituto da Defesa Nacional. Ao longo da sua carreira desempenhou também funções na área do Venture Capital e na Banca de Investimento.
Criação de Centros de Excelência ASD em Portugal” (PT)
A criação/atracção e desenvolvimento de centros de excelência nos sectores ASD (Aeroespacial e Defesa) é estratégica para a afirmação nacional no seio da nova Política Europeia de Segurança e Defesa. Nesse sentido, e capitalizando no trabalho desenvolvido pela Skysoft desde 1998, a GMV instalou em Portugal os seus centros de excelência para o sector aeronáutico (segmento de aviónica modular) e Segurança Marítima. Este facto permitiu concentrar na sucursal portuguesa, recursos humanos especializados e competências de desenvolvimento de negócio, tendo a empresa realizado um forte investimento em I&D, nomeadamente através da participação em projectos dos Programas Quadro da Comissão Europeia. Desta forma, a GMV fornece actualmente, a partir de Portugal, entidades tais como a Agência Europeia de Defesa (EDA), a Agência Espacial Europeia (ESA), a Eurocontrol, a Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA), entre outras. A empresa trabalha também para alguns dos principais fabricantes mundiais do sector (Airbus Militar, Lockheed Martin, Embraer, etc). Assim, para além deste pólo tecnológico permitir aos engenheiros e cientistas nacionais participarem no desenvolvimento de alguns dos principais programas tecnológicos internacionais dos sectores ASD, também estabelece as bases necessárias para uma presença nacional consistente junto das principais agências europeias e fóruns internacionais do sector.
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Mesa B
Moderador:
Prof. Doutor José Fontes, Professor da Universidade Aberta e da Academia Militar
«O Instrumento Militar como produtor de Segurança e Desenvolvimento nos Países de Língua Portuguesa»
Nas sociedades mais evoluídas da contemporaneidade, a Política Externa dos Estados está parcialmente assente no emprego do seu Instrumento Militar, mais concretamente no empenhamento das suas Forças Armadas. Este mecanismo proactivo da Politica Externa ao serviço dos Estados Modernos, passou a ser e a estar dimensionado para servir de instrumento privilegiado de acção estratégica e elemento de projecção da influência, do poder e dos interesses do Estado, onde quer que estes existam, pois as fronteiras geográficas dos Estados pouco ou nada se constituem como factores limitativos. Este fenómeno geoestratégico contemporâneo, visto numa dimensão mundial, passa a designar-se por “globalização” ou mais racionalmente por “ingerência global” ao serviço dos interesses supranacionais da Humanidade. Neste quadro geopolítico temos assistido à globalização das políticas, das economias e dos aspectos relacionados com a segurança e defesa, pois sem segurança global não existe desenvolvimento mundial e sem desenvolvimento sustentado à escala universal, não teremos segurança no mundo. Segundo este paradigma de modernidade, as Forças Armadas passaram a assumir outro protagonismo na dinâmica actual das Relações Internacionais. Não por via de uma maior capacidade dos seus meios letais e das tecnologias militares, mas porque passaram a ser vistas como elementos activos da Politica Externa do Estado, em que a par da Diplomacia (na suas múltiplas vertentes) passaram a ser empregues também antes e depois das crises/conflitos, ocupando todo o espectro da curva doa conflitualidade, conferindo-lhes um vasto leque de possibilidades de emprego e uma dinâmica e prevalência de acção muito maior. As Forças Armadas passaram a dar primazia ao treino para manter a paz, em complemento das actividades operacionais de fazer a guerra, aquela para que tradicionalmente tinham sido criados. Neste novo quadro geoestratégico, ao serviço de Estados e de Organizações, as Forças Armadas começaram a ser empregues como instrumento produtor de segurança líquida e de desenvolvimento sustentado, passando a ser multidimensionais na forma de fazer a paz e multidisciplinares na forma de ajudar a construir o desenvolvimento pela segurança. Em Portugal, no quadro das relações bilaterais com os Países de Língua Portuguesa, a Cooperação Técnico-Militar tem constituído um dos melhores e mais efectivos instrumentos da nossa actual Politica Externa em África e mais recentemente com Timor-Leste pretendendo-se, no futuro breve, chegar a outras regiões, como é o caso dos países do Magreb. Neste prisma, e num contexto em que se pretende definir novos alinhamentos estratégicos para as questões da segurança e da defesa, em que o Estado procura optimizar e racionalizar o uso do seu Instrumento Militar, numa postura que se quer mais abrangente, proactiva e proficiente, fará porventura sentido reflectir sobre o emprego das Forças Armadas como produtor estratégico de segurança e de desenvolvimento sustentado nos Países de Língua Portuguesa e perspectivar quais os contributos que podem dar para uma Estratégia de Segurança Nacional. Assunto sobre o qual iremos, modestamente, procurar fazer uma reflexão, defendendo o conceito de “bimultilateralidade” da Cooperação Técnico-Militar nas Forças Armadas e muito em particular no envolvimento do Exército Português, como elemento mais activo desta estratégia de cooperação.
por
Luis Bernardino
Luís Manuel Brás Bernardino, nasceu na Fuzeta (Olhão) em 15 de Novembro de 1966 e licenciou-se na Academia Militar. Pós-Graduado em Estudos da Paz e da Guerra nas Novas Relações Internacionais pela Universidade Autónoma de Lisboa (UAL), Mestre em Estratégia pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), onde se encontra a frequentar o Doutoramento em História dos Factos Sociais, Especialidade de Relações Internacionais. Actualmente é Major de Infantaria, habilitado com o Curso de Estado-Maior e desempenha as funções de Assessor Militar do General Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas.
Nas sociedades mais evoluídas da contemporaneidade, a Política Externa dos Estados está parcialmente assente no emprego do seu Instrumento Militar, mais concretamente no empenhamento das suas Forças Armadas. Este mecanismo proactivo da Politica Externa ao serviço dos Estados Modernos, passou a ser e a estar dimensionado para servir de instrumento privilegiado de acção estratégica e elemento de projecção da influência, do poder e dos interesses do Estado, onde quer que estes existam, pois as fronteiras geográficas dos Estados pouco ou nada se constituem como factores limitativos. Este fenómeno geoestratégico contemporâneo, visto numa dimensão mundial, passa a designar-se por “globalização” ou mais racionalmente por “ingerência global” ao serviço dos interesses supranacionais da Humanidade. Neste quadro geopolítico temos assistido à globalização das políticas, das economias e dos aspectos relacionados com a segurança e defesa, pois sem segurança global não existe desenvolvimento mundial e sem desenvolvimento sustentado à escala universal, não teremos segurança no mundo. Segundo este paradigma de modernidade, as Forças Armadas passaram a assumir outro protagonismo na dinâmica actual das Relações Internacionais. Não por via de uma maior capacidade dos seus meios letais e das tecnologias militares, mas porque passaram a ser vistas como elementos activos da Politica Externa do Estado, em que a par da Diplomacia (na suas múltiplas vertentes) passaram a ser empregues também antes e depois das crises/conflitos, ocupando todo o espectro da curva doa conflitualidade, conferindo-lhes um vasto leque de possibilidades de emprego e uma dinâmica e prevalência de acção muito maior. As Forças Armadas passaram a dar primazia ao treino para manter a paz, em complemento das actividades operacionais de fazer a guerra, aquela para que tradicionalmente tinham sido criados. Neste novo quadro geoestratégico, ao serviço de Estados e de Organizações, as Forças Armadas começaram a ser empregues como instrumento produtor de segurança líquida e de desenvolvimento sustentado, passando a ser multidimensionais na forma de fazer a paz e multidisciplinares na forma de ajudar a construir o desenvolvimento pela segurança. Em Portugal, no quadro das relações bilaterais com os Países de Língua Portuguesa, a Cooperação Técnico-Militar tem constituído um dos melhores e mais efectivos instrumentos da nossa actual Politica Externa em África e mais recentemente com Timor-Leste pretendendo-se, no futuro breve, chegar a outras regiões, como é o caso dos países do Magreb. Neste prisma, e num contexto em que se pretende definir novos alinhamentos estratégicos para as questões da segurança e da defesa, em que o Estado procura optimizar e racionalizar o uso do seu Instrumento Militar, numa postura que se quer mais abrangente, proactiva e proficiente, fará porventura sentido reflectir sobre o emprego das Forças Armadas como produtor estratégico de segurança e de desenvolvimento sustentado nos Países de Língua Portuguesa e perspectivar quais os contributos que podem dar para uma Estratégia de Segurança Nacional. Assunto sobre o qual iremos, modestamente, procurar fazer uma reflexão, defendendo o conceito de “bimultilateralidade” da Cooperação Técnico-Militar nas Forças Armadas e muito em particular no envolvimento do Exército Português, como elemento mais activo desta estratégia de cooperação.
«Portugal e os desafios marítimos do Século XXI»
O crescimento da população mundial, a ambição de bem-estar das populações, a escassez de recursos em terra, as alterações climáticas, a perspectiva do fim do petróleo e as novas capacidades de exploração do mar, proporcionadas pela tecnologia, levam a considerar que o mar se vai transformar num espaço de competição de interesses, com uma relevância jamais experimentada pela Humanidade. Todos os países serão, directa ou indirectamente, afectados nos seus interesses nacionais e por isso irão desenvolver estratégias de Segurança Nacional, mais ou menos pacíficas, aparentemente privilegiando a cooperação à competição, para assegurarem a sua existência e eventualmente a sua sobrevivência. Portugal não pode alhear-se desta realidade e até tem razões para acreditar que o mar lhe proporciona novas e extraordinárias oportunidades para se afirmar e desenvolver. Neste trabalho efectua-se uma breve análise do valor actual do mar, em diversas perspectivas, para depois se apresentar uma análise prospectiva dos desafios futuros, em especial dos que têm relevância para a nossa Segurança.
por
Armando Dias Correia
O Capitão-de-fragata Armando José Dias Correia é licenciado em Ciências Militares Navais pela Escola Naval. Esteve embarcado nas fragatas Comandante Hermenegildo Capelo e Comandante João Belo (1990-1993). Foi Oficial Imediato do navio hidro-oceanográfico D. Carlos I (1999-2002). Presta actualmente serviço na Divisão de Planeamento do Estado-Maior da Armada. É Mestre em Informática pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e em Estratégia pelo ISCSP da Universidade Técnica de Lisboa.
O crescimento da população mundial, a ambição de bem-estar das populações, a escassez de recursos em terra, as alterações climáticas, a perspectiva do fim do petróleo e as novas capacidades de exploração do mar, proporcionadas pela tecnologia, levam a considerar que o mar se vai transformar num espaço de competição de interesses, com uma relevância jamais experimentada pela Humanidade. Todos os países serão, directa ou indirectamente, afectados nos seus interesses nacionais e por isso irão desenvolver estratégias de Segurança Nacional, mais ou menos pacíficas, aparentemente privilegiando a cooperação à competição, para assegurarem a sua existência e eventualmente a sua sobrevivência. Portugal não pode alhear-se desta realidade e até tem razões para acreditar que o mar lhe proporciona novas e extraordinárias oportunidades para se afirmar e desenvolver. Neste trabalho efectua-se uma breve análise do valor actual do mar, em diversas perspectivas, para depois se apresentar uma análise prospectiva dos desafios futuros, em especial dos que têm relevância para a nossa Segurança.
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NOVIDADES
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| Presidente da República recebe a Síntese Conclusiva do Congresso
Uma delegação da Comissão Organizadora do I Congresso Nacional de Segurança e Defesa foi recebida pelo Presidente da República. Ler +
Data: 2010-08-04 |
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